Gilgameshi O Primeiro Rei da Humanidade
Segundos os contos Gilgameshi era 75% deus e 25% humano, nascido de uma mulher humana mas possua os poderes do deus do sol Shamash e a coragem e as habilidades do deus da tempestade Adad, ele possuía muitos atributos divinos e muito poderes sobrenaturais considerado como sendo invencível em sua época.
Na sua juventude apercebendo-se dos seus enormes poderes,
começou a abusar dos mesmos, o seu gosto por batalhas e aventuras destruía tudo
ao seu redor, derrotou os maiores guerreiros a volta de Uruk sozinho, destruiu
o templo dos deuses a volta de Uruk e não respeitava nenhum deus pois achava
que mesmo eles não seriam oponentes para ele, depois disso tornou-se ainda mais
tirânico, desperdiçava comida em grandes festanças, exigia o direito real de
ser o primeiro na cama nupcial de todas as virgens e conduzia os seus homens à
guerras inúteis onde muitos morriam, vendo tudo isso os deuses receavam que
Gilgameshi fosse ter com eles demandando ainda mais a sua herança divina, se
isso acontecesse ele teria o poder para desafiar todos os deuses e agitar os
pilares dos céus, eles não poderiam permitir que tal coisa acontecesse por isso
decidiram ensinar-lhe uma lição..... (Pausa de 5 segundos)
Os deuses tinham um plano, eles estavam convencidos que
se Gilgameshi tivesse um duplo, voltaria a suas atenções para esse novo rival e
deixaria de desafiar os deuses, o deus do céu Anu e a deusa mãe Ninhil, criaram
uma imagem de Gilgameshi refletida no espelho e a partir dela moldaram o barro e
lhe deram vida, enviaram-lhe um sonho em que as pedras do céu caíam aos seus
pés, anunciando-lhe a chegada de um novo companheiro Enkidu.
Os deuses lançaram Enkidu para uma floresta onde ele
vivia e comia como um animal, tornou-se numa autentica besta tão perigoso em
natureza como o próprio Gilgameshi, os pastores e agricultores locais
sentiam-se ameaçados por Enkidu, pois notaram que o homem selvagem somente
conseguia controlar a sua força enquanto não fizesse nada de mal, logo foram
ter com Gilgameshi e pediram pela sua ajuda, Gilgameshi por sua vez notando
esta particularidade de Enkidu, enviou uma cortesã astuta do templo para
amansar Enkidu, passando seis dias e sete noites com esta senhora educada
transformaram Enkidu num homem civilizado, ela lavou-o e depois levou-o para
Uruk, onde as pessoas ficaram muito excitadas pelas parecenças que tinha com
Gilgameshi, deram uma grande festa em sua honra e Enkidu começou a gabar-se à
medida que ia bebendo, anunciando-se como o homem nascido nas florestas que
vinha alterar a velha ordem e o povo pediu a sua proteção contra Gilgameshi,
Enkidu foi atrás de Gilgameshi e o interceptou quando este se preparava para
invadir outra cama nupcial, Enkidu lançou um desafio contra o rei que era um
semi-deus, segundo os relatos a luta entre os dois foi gloriosa, destruindo
tudo a volta deles mas nenhum ganhava ao outro, finalmente depois de horas
lutando Gilgameshi conseguiu deitar o rival ao chão, Gilgameshi tinha ganho a
batalha pois quando os deuses fizeram Enkidu apartir de Gilgameshi realçaram a
sua natureza humana pois eles não eram capazes de criar os poderes divinos que
Gilgameshi possuia, Enkidu era muito mais humano que Gilgameshi e ao contrário
do que os deuses tinham planeado, Enkidu acabou virando um companheiro fiel de
Gilgameshi.
Os historiadores argumentam que essa história influenciou
o autor do antigo testamento sobre a criação do homem a partir do barro e o
facto de que um homem não pode querer ser como um deuses, isto é o que levou a
ruína de Adão e Eva.
Parte 2. O destino de um mortal
Com Enkidu ao seu lado, Gilgameshi preparou-se para a sua
maior aventura, orou e implorou ao deus do sol Shamash o seu apoio, este cedeu
a compaixão e enviou dos céus armas feitas pelos deuses, Gilgameshi e Enkidu
partiram juntos e entraram em um novo território e derrotavam exercitos
sozinho, somente dois homens contra exercitos inteiros, guiados pelos sonhos
dos deuses Gilgameshi e Enkidu partiram para a montanha divina, era uma local
coberto por uma magnifica floresta de cedros e guardado por um ser antigo
Humbaba, que irradiava sete espécies de glória selvagem era um deus, foi uma
batalha selvagem contra este ser ancestral porque ele usava uma arma mágica
divina ancestral, com a ajuda do deus Shamash, Enkidu imobilizou Humbaba e
Gilgameshi retirou a sua arma mágica divina e o decapitou embora Humbaba tenha
suplicado por misericórdia o herói não teve piedade.
A magnificência da vitória de Gilgameshi inflamou a
paixão da deusa Ishtar e ela tentou seduzi-lo, ele rejeitou-a dizendo que já
tinha arruinados muitos homens e deuses no passado, Ishtar ficou furiosa, pior
isso foi uma grande humilhação e queria vingança....
Os deuses criaram o Touro do Céu para proteger Gilgameshi
contra Ishtar mas o herói era muito arrogante e não tinha medo de nada nem de
ninguém, mataram o touro e atiraram a coxa sangrenta contra Ishtar no templo e
levaram a cabeça do touro para casa em triunfo.
Era impossível conter a raiva que reinava nos céus,
alguém tinha de morrer, Gilgameshi não somente ofendeu a uma honra de uma deusa
como matou o Touro que os deuses fizeram para o ajudar, os grandes deuses
reuniram no céu e discutiam qual dos dois deveria ser punido e finalmente
decidiram que matar Gilgameshi seria quase impossível por isso concluiram que
Enkidu tinha de morrer pelos pecados de Gilgamesh.
Amaldiçoado pelos deuses Enkidu tinha de morrer, não como
um guerreiro, mas deitado numa cama, tremendo e enfraquecido pela febre, era
uma desgraça para um herói morrer dessa forma, dominado pelo desgosto
Gilgameshi canta um lamento longo e belo por Enkidu e dá-lhe um funeral digno
de um heróis de uma época, no final de tudo isso Gilgameshi finalmente
apercebeu-se que ele não era completamente um deus por isso não era eterno e
pela primeira vez na sua vida o herói finalmente sentiu medo de algo, a
morte.... (pausa de 5 segundos)
Parte 3. A busca da imortalidade
O herói mais forte do mundo, que desafiara céus e deuses
com a força do seu braço e o poder da sua vontade, não podia evitar o desgosto.
Gilgameshi partiu sozinho para a sua aventura final, tal como Ishtar, ele podia
governar o mundo mas não o seu coração, o medo da morte impregnou-se em seu
coração, a tristeza de Gilgameshi surpreendeu o mundo, ele procurou Utnapishtin
(o Distante), somente este homem e a sua mulher, de toda a humanidade, tinham
sido agraciados pelos deuses com a vida eterna, Gilgameshi percorreu a montanha
do sol nascente, tendo chegado ao jardins dos deuses, onde persuadiu Ursanabi,
o ferreiro da morte, a levá-lo até Utnapishtim.
Encontrando Utnapishtim, Gilgameshi implorou-lhe que o ensinasse a adquirir a imortalidade, primeiramente Utnapishtim deu-lhe uma resposta dura, dizendo que nada é eterno e que tudo que vive tem que morrer, Gilgameshi não se deu por satisfeito e exigiu saber como ele tinha adquirido a imortalidade. O sábio velho respondeu-lhe com história do grande dilúvio que surpreendentemente é muito igual a história bíblica de Nóe e a arca, muitos historiadores afirmam que a história contada no antigo testamento foi baseado nesta história pelo facto de que as histórias de Gilgameshi são 4000 mil anos mais antigas do que o surgimento do antigo testamento.
O sábio começou dizendo, o baralho constante dos homens aborreceu
os deuses e Enlil decidiu inundar a terra inteira e silenciá-la, Ea,
secretamente avisou um homem, Utnapishtin, dando-lhe instruções para construir
uma arca, que a enchesse com viveres, mercadores e a família para que pudesse
se salvar do dilúvio dentro dela. A chuva caiu durante seis dias e seis noites
e o sétimo dia amanheceu claro. Utnapishtim enviou uma pomba, mas não encontrou
terra pelo que regressou, por fim um corvo voou e não voltou e as pessoas
plantas e animais sairam da arca para reconstruir a terra, os deuses estavam
zangados até que Ea os lembrou como ele necessitavam dos escravos humanos. A
Utnapishtim e a mulher lhes foi concedida a imortalidade e autorizados a viver
no jardim do sol com a promessa de que os deuses nunca mais tentariam destruir
a humanidade.
Utnapishtim não deu a Gilgameshi o segredo imortalidade,
visto que ela somente poderia ser concedida pelos deuses mas ofereceu-lhe uma
planta para poder ressuscitar Enkidu, porém quando Gilgameshi dormia uma
serpente roubou-lha.
Gilgameshi tinha falhado e passou os seus últimos dias
junto das muralhas da cidade cismando sobre a tragédia da vida e da morte,
quando morreu foi chorado por todos.