terça-feira, 1 de março de 2011
Segundo dois dos diálogos de Platão, Crítias e Timeu, a Atlântida era uma ilha maior que a Líbia e a Ásia juntas. Encontrava-se para lá das colunas de Héracles, no Oceano Atlântico, perto de Espanha. O deus padroeiro da ilha era Posídon, e ele e uma mulher mortal, cleito, eram os antepassados da família reinante. O primeiro dirigente chamava-se Atlas de onde derivou o nome da ilha, Atlântida, e o nome do oceano que a rodeava. Na ilha abundavam os terrenos férteis e estava cheio de pomares. Do subsolo extraíra, preciosos metais. A principal cidade era um encanto de arquitectura e escultura, com palácios maravilhosos ornamentados e magnificos templo a Posídon. A Atlântida era bem governada, todo o povo sabia bem quais as suas obrigações para com o estudo e respeitavam as leis de Posídon. Durante gerações tudo correu bem na Atlântida. Embora a ilha estivesse cheia de riquezas, os habitantes não davam grande importância ao ouro e outros tesouros. Por fim, porém, entraram em decadência, tornaram-se corruptos, deixaram de obedecer às leis de Posídon e não queriam continuar a permanecer dentro das fronteiras de Atlântida. Construiram um grande império, dominando o Norte de África desde as colunas de Héracles a oeste até o Egipto a leste, assim como todo o sul da Europa à excessão da Grécia. Decidiram-se então a invadi-la e os atenienses formaram um grande exército para deterem os atlanticos. E foram os atenienses sozinho quem conseguiram derrotar Atlântida e libertaram todas as outras regiões da tirania de Atlântida. Pouco tempo depois deste episódio a terra foi agitada com tremores de terra e dilúvios. Num dia e num noite o exército de Atlântida foi engolido por um forte terramoto e a cidade afundou-se nas profundezas do mar. Segundo Platão, o mar ainda continuava agitado pelo afundamento da Atlântida menos de 200 anos antes da data em que ele escreveu estes diálogos, verificando-se um assoreamento que impedia a passagem dos barcos. Durante anos, foram muitos os que tentaram localizar a Atlântida como uma ilha com existência fisica, e existem duas teorias sobre a sua localização. Uns pensam que a lenda refere-se a uma enorme erupção que ocorreu no tempo histórico na ilha vulcânica de Tera. Esta imensa erupção parece ter destruído a civilização pré-clássica minóica que existiu em Creta. Outros aceitam literalmente as refêrencias de Platão quanto à localização geográfica da Atlântida e procuram vestígios da sua existência no Oceano Atlântico, talvez nas proximidades dos Açores. O diálogo de Platão, Timeu, também fala de uma sucessão de civilizações que foram destruidas por diluvios ou fogos, e esta ideia também é referida na mitologia da América Central. Actualmente ainda se debate se a Atlântida é um local imaginário ou se um dia os arqueólogos irão encontrar vestígios físicos da sua existência.