quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Acrísio era rei de Argos e a sua vida tornou-se um inferno quando um oráculo prefetizou que o seu neto, filho de sua filha Dánae, haveria de o matar. Para contrariar a profecia, manteve a filha sempre dentro de casa, talvez mesmo encarcerada numa torre de bronze. Mas isto não representava qualquer obstáculo para o rei dos deuses, Zeus, que se aproximou de Dánae na forma de chuveiro de ouro. Passando pouco tempo ela ficou grávida do deus, mas como estava escondida na torre, Acrísio não soube do nascimento do filho, Perseu, senão quando ele já era um criança activa e fazia tanto barulho que ele ouviu, mesmo apesar das grossas paredes da torre. E foi assim que o segredo de Dánae foi descoberto. Acrísio estava fora de si, furioso e perplexo. E perguntando-se a si mesmo " como é o que o amante teria chegado a Dánae? e " Como posso destruir Perseu?". Acrísio ordenou que fosse construida uma grande arca de madeira e que a mãe e o filho fossem posto dentro dela. Em seguida foram colocados ao mar, e o rei esperava que ambos morressem. Quase todos os oráculos se transformaram em realidade, mas as pessoas fortes lutam contra eles. Perseu e Dánae sobreviveram na arca de madeira até que foram apanhados na rede de um pescador perto da ilha de Sérifos, que levou mãe e filho para a corte do rei Polidectes que se sentiu muito atraido por Dánae. Durante anos cortejou-a, mas ela continuou a recusá-lo, dizendo que estava totalmente dedicado ao filho. Um dia, o rei convidou Dánae para uma festa, assim como Perseu, que nesta altura ja era um jovem. Todos os convidados comeram e beberam bem. Polidectes pediu a cada homem que lhe oferecessem um cavalo, dizendo que necessitava deles para o seu namoro com uma princesa dele longe. Talvez o vinho tivesse tomado a cabeça de Perseu, pois admitiu que não tinha um cavalo para oferecer, e foi obrigado a prometer que faria tudo para agradar ao rei, até que matar o monstro Medusa, era isso que o Polidectes esperava ouvir, ele inventou toda essa festa mesmo sabendo que Perseu na tinha um cavalo para o ofecerer, isso tudo era uma desculpa para ele poder se livrar de Perseu e ficar com a sua mãe Dánae, então ele fez perseu prometer que mataria o monstro Medusa. Atena e Hermes gostavam do jovem Perseu e, na manhã seguinte, estava a espera dele com conselhos e presentes. Atena deu-lhe o equipamento que ele iria necessitar para lutar contra Medusa - um saco, um escudo tão polido e brilhante como um espelho, e um elmo que em tempos pertencia ao deus Hades, o deus do mundo dos mortos. Este elmo fazia com que quem o usasse ficasse invisível. Hermes deu-lhe uma espada curva como uma foice e um par de sandálias com asas. Atena disse para ele experimentar as sandálias voando para o reino da Noite, para a casa das Greias, as únicas que sabiam onde procurar Medusa. As greias eram três divindades antigas que partilhavam um único olho que faziam entrar e sair das cavidades oculares vazias, e um único dente que entrava e saia das suas bocas pegajosas. Perseu estava pronto para as enfrentar, mas Atena recomendou-lhe que usasse a inteligência não a força. Aguardou mesmo à entrada da gruta que elas habitavam, com o elmo de Hades na cabeça para se tornar invisível, mas as Greias podiam sentir que estava ali alguma coisa. «Dá-me o olho irmã» - insistiu uma delas e esticou a mão. A tinha o olho, tirou-o, durante alguns instante, as três estavam cegas, foi obra de Perseu, no momento em que a que tinha o olho tirou-o, Perseu moveu-se silenciosamente e tirou o olho da mão dela, então ele esperou que uma das deusas entrasse em panico supostamente a que tinha o dente, no momento em que essa deusa que tinha o dente tirou-o, Perseu igualmente roubo o dente também. Graças a isso, as Greias ficaram a merecer de Perseu, então perseu prometeu devolver-lhes os seus preciosos dente e olho com a condição de lhe dizerem onde podia encontrar Medusa. As Greias não tinham escolha e disseram-lhe o que ele queria saber. Segundo algumas narrativas ele devolveu o dente e o olho às irmãs, mas noutras referem que os terá atirado para as profudenzas do lago, deixando as Greias em desespero.

MEDUSA

A medusa era uma das três irmãs Górgonas. Eram filhas de um deus do mar e viviam bem longe das terras dos homens e mulheres mortais, numa ilha no mais remoto dos oceanos, duas destas górgonas, Euríale e Esteno eram imortais, enquanto a irmã Medusa era mortal. Em algumas versões da história, porém, Medusa não era irmã das imortais por nascimento, mas uma mulher mortal que tinha sido punida por Atena por se intrometer nos seus mistérios, ou por ter feito amor com Posídon no templo da deusa virgem (Atena). Nesta versão, Atena não lhe tinha retirado a formosura, mas transformara-lhe o cabelo num emaranhado de serpentes e condenara-a a esconder-se na escuridão, impossibilitando-a assim de ter relações intimas com um homem. Quem a olhasse nos olhos com amor seria instantaneamente petrificado. Em muitas narrativas e obras de artes, a Medusa é representada como sendo terrificamente feia, com uma língua gorda que saia de sua boca, mas também é representada como uma mulher de beleza serena cujas serpentes são ornamentos reais colocados na sua cabeça e não repugnantes desfigurações. Perseu utilizou o elmo da invisibilidade para entrar na gruta onde as górgonas estavam a dormir, e usou o escudo que parecia um espelho para olhar para medusa indirectamente, fixando o seu reflexo ao aproximar-se e puxou a foice. A górgona com serpentes no cabelo contorceu-se, pressentia o perigo, mas não via nada para atacar. Sem poder saber de onde, a espada brilhou e decepou-lhe a cabeça. Mesmo a morrer, a terrível cabeça tinha o poder de transformar em pedra quem a olhasse directamente. Perseu enfiou aquela coisa a sangrar dentro do saco e fugiu. Precisava de toda a destreza e agilidade das sandálias com asas para fugir das outras górgonas, mas, finalmente, elas ficaram para trás, derrotadas e chorosas, na escuridão. Mal a cabeça de medusa fora cortada, de dentro do seu pescoço saltou um cavalo alado, Pégaso, e um guerreiro humano já adulto, Criasor, filhos dela e de posídon. O sangue da medusa pingava do saco enquanto Perseu voava sobre os desertos da Líbia e cada gota transformava-se em tipos diferentes de cobra. Por fim, o herói estava cansado e quis descansar, mas quando tentou aterrar no noroeste de África, o titã Atlas empurrou-o para o céu, porque um orácul lhe tinha dito que seria espoliado por um filho de Zeus. Quando Atlas não o deixou aterrar, Perseu tirou a cabeça de Medusa para fora do saco e o gigantesco titã foi espoliado de vida e transformado nua ainda gigantesca cadeia de montanhas, as montanhas do Atlas, cujos cumes chegam aos céus.


ANDRÓMEDA E O MONSTRO

Perseu continou a voar, encantado com a velocidade a que podia deslocar-se, quando voava sobre o mar em direcção a costa da Etiópia, viu uma enorme rocha na praia e uma mulher nua acorrentada a ela. Deveria ter-se debatido, já que os braços e as pernas tinham feridas feitas pelas correntes, mas agora estava paralisado de medo, olhando para o mar onde uma serpente monstruosa cavalgava as ondas em direcção a ela. A mulher acorrentada era Andrómeda, filha do rei Cefeu e da rainha Cassiopeia, a qual era tão louca que, tal como Níobe, atreveu-se a vanglorear-se de que se igualava ao deuses em beleza e, tal como Níobe, as gabarolice acabou em lágrimas. Cassiopeia afirmou que era mais bela que qualquer uma das suas ninfas, mais formosa que Hera, e o deus do mar Posídon retaliou inundando país com um dilúvio e enviando uma serpente marinha para atacar o povo. Cefeu consultou o oráculo de Zeus para saber como poderia salvar o país da inundação e do monstro, e foi-lhe dito que só o sacrifício voluntáriom da própria filha aplacaria o deus do mar. Nessa manhã, os pais destroçados seguiram em procissão, banhados em lágrimas, em direcção à pedra do sacrifício para ali acorrentarem a chorosa filha, tal como os pais de Psique choraram quando a levaram para casar com a morte. Perseu desceu rápidamente do céu a terra, com a espada na mão, e golpeou a serpente até a matar, a seguir cortou a corrente que prendia Andrómeda e levou-a para a entregar aos pais, se bem que ansiasse te-lás nos braços. O rei não podia fazer mais nada do que conceder o casamento da filha com Perseu, embora ela já tivesse sido prometida ao tio Fineu. Andrómeda não queria casar com o tio, mas ele desejava muito casar com ela e, no dia do casamento, ele e seus homens começaram a arranjar problemas. Perseu, porém, sabia como silenciar as suas línguas furiosas, tirou a cabeça da górgona do saco, e assim que Fineu e seus homens olharam para a cabeça foram transformados em pedra. Alguns dizem que Cassiopeia também tinha colocado objecções ao casamento da filha e que, tal como Fineu, fora petrificada. Mas parece mais provável que ela tenha ficado muito feliz com o salvamento da filha e que Posídon finalmente a tinha perdoado e homenageado nos céus noturnos, na forma da constelação Cefeu, que celebra o marido. O monstro marinho de Posídon também pode ser encontrado no céu, como constelação Ceto. Perseu e Andrómeda também originaram constelações em memória da sua morte, em que a estrela Argol representa a cabeça de Medusa na mão de Perseu.

ANOS MAIS TARDE

Muito antes de Perseu e Andrómeda terem envelhecido e morrido, mesmo antes de se terem casado, Perseu tinha assuntos a resolver com 2 reis. Primeiramente, vingou-se de Polidectes, o rei que tentou enviá-lo para a morte certa, voou para o palácio de Polidectes e disse-lhe que tinha matado Medusa, tal como prometido, mas o rei acusou-o de jactância infundada. Convocou todo o povo para a praça do mercado a fim de expor o mentiroso à vergonha pública. Ninguém acreditou no que Perseu afirmava, à excessão da mãe, Dánae, e do pescador, Díctis, que os tinha salvo a ambos retirando-os do mar. «Tapem os olhos!» disse perseu a Dánae e Díctis, em seguida, tirou a cabeça de medusa mais uma vez do saco e ergueu-a no ar para que todos a vissem. Nesse mesmo instante, a praça do mercado encheu-se de estátuas de pedra em vez de pessoas vivas. Após esse extermínio em massa, Atena decidiu que a cabeça de Medusa era demasiado potente para ser usado como arma por qualquer mortal e ficou com ela para adonar o seu escudo, a pele de cabra que ela usa quando vai armada para as batalhas. Perseu devolveu então o elmo e as sandálias com asas, mas continuava com uma tarefa por cumprir que consistia em procurar e perdoar o rei Acrísio que tinha encarcerado Dánae na torre e que depois tinha enviado a mãe e a ele para o mar dentro de uma arca de madeira. Acrísio estava escondido na cidade de Larissa, calculando que Perseu haveria de vir matá-lo. Mesmo quando soube que a cabeça de medusa ja não estava no saco de Perseu, teve dificuldade de acreditar que a sua vida não corresse perigo. Perseu sugeriu um ritual de reconciliação e depois juntou-se a um concurso atlético que tinha lugar em Larissa. Participou no lançamento do disco e, quando ele lançou o disco, não se sabe porquê voou na direcção de Acrísio. O rei era então já velho e a dor e o choque provocaram-lhe a morte. O oráculo tinha-se cumprido e ele tinha morrido às mãos do neto. Teria sido um acidente, em que aconteceu o disco seguir o trajeto diferente do dado por Perseu, ou ele voou segundo o sentir do lançador, mesmo que sem intenção consciente? Mas o ponto focal da história é que tudo começou e tudo terminou com uma profecia.