quinta-feira, 7 de maio de 2020
Ulisses
10:42 |
Publicada por
roronoa zoro |
Editar postagem
Ulisses era o mestre da esperteza da mitologia grega, com a mulher Penélope representando a farsa em casa, tal como ele na sua longa viagem até voltar para ela, mas muitos outros heróis - mesmo o poderoso Héracles que não era Famoso pela sua inteligência - teve alguma astúcia em certos casos de necessidade.
Ulisses era o mais expedito, astuto e engenhoso dos homens, o que não surpreende visto ser descendente de Hernes. A mãe dele Anticleia, era filha do rei dos ladrões, Autólico, que era filho de Hermes. A filha de Autólico, Anticleia, casou com o rei Laertes, da ítaca, uma pequena ilha rochosa. O filho de ambos, Ulisses, foi crescendo e viria a ser tão esperto como o avô, mas não o suficiente para conseguir escapar ao dever de combater na Guerra de Tróia. Viriam a passar 10 anos até a guerra terminar e 20 anos até a mulher penélope e o filho Telémaco voltarem a vê-lo.
O ínicio da Odisseia
Ulisses partiu de Tróia exactamente ao mesmo tempo que todos os guerreiros gregos que sobreviveram, mas nenhum deles levou tanto tempo a regressar para casa como ele. Os ventos e os mares estiveram sempre contra desde a partida. Devido a uma tempestade, os barcos foram atirados para a terra dos Lotófagos. Estes comedores de lótus levavam uma vida ditosa, não fazendo mais nada para além de beber, comer e dormir. os frutos de lótus provocavam-lhes um aquecimento total, pelo que não se ofendiam nem se preocupavam, não tendo qualquer ideia nem para o futuro. Ulisses enviou alguns dos seus homens para a terra para procurarem água e os Lotófagos ofereceram aos marinheiros os frutos de lótus, como os homens nunca mais regressavam, o próprio Ulisses decidiu ir em busca deles. Encontrou-os sentados no chão, mastigando lótus, sorrindo e não pensando em nada. Ulisses teve de enviar outros marinheiros para os levar aos barcos e depois voltou a partir, antes de que mais algum fosse tentado.
A terra que encontraram a seguir foi uma ilha fértil, cheia de cursos de água e aqui apanharam e mataram alguns cabritos para aumentar as provisões. Ulisses e os seus homens foram explorar o continentge vizinho onde encontraram gruta com uma enorme pedra perto da abertura, a gruta era claramento o abrigo de alguém, tendo uma zona para fazer lumes e outra vendada para guardar cabras e ovelhas. Na parte de detrás da gruta encontravam-se borregos e crianças, mas o dono não estava. Ulisses e os seus homens recolheram alguns queijos que encontraram na gruta, também encontraram vinho, mas Ulisses tinha trazido uma grande quantidade de vinho para a expedição e pensava em partilhá-lo com o dono da gruta em troca da sua hospitalidade.
O solo agitou-se sob o peso do dono da gruta quando ele entrou. Era um Ciclope, um descendente dos gigantes com um olho no centro da testa que tinha lutado ao lado de Zeus contra os Titãs. Toda a ilha era habitada pelos ciclopes, sendo a maior parte deles bastante sociavéis mas este, Polifemo, tinha-se transformado numa espécie de eremita após ter perdido Galateia. Comia carne crua enquanto os outros ciclopes a cozinhavam, tal como as pessoas civilizadas. Polifemo meteu o rebanho dentro da caverna e fechou a entrada com a pedra. Avistou então Ulisses e os marinheiros e perdeu pouco tempo com conversa, agarrando logo um marinheiro que partiu aos bocados e foi metendo pela garganta abaixo. Em seguida, agarrou outro para completar a refeição, os outros não podiam fazer mais nada para além de se agarrarem as paredes da gruta, viram o ciclope adormecer e ficaram aguardando mais mortes pela manhã.
De manhã o ciclope devorou mais homens e levou o rebanho para fora da caverna, tendo voltado a fechá-la com a pedra. Nesta altura, Ulisses já tinha pensado num plano. Pegou no enorme bastão de Polifemo e enfiou-o numa das pontas com a espada, depois endureceu-o no fogo. Nesta noite, depois do ciclope regressar e matar mais dois homens, Ulisses disse-lhe: "Ciclope, que graça tem a carne sem vinho? Nós temos muito e bom vinho que gostariamos de partilhar contigo. Se queres saber o meu nome chamo-me Nínguem". O ciclope pareceu um pouco surpreendido pelo comportamento dos prisioneiros, mas também não vinha nenhuma razão para recusar a oferta do vinho. Ulisses serviu-lhe uma malga gigante cheia de vinho a que não tinha misturado água, depois outra e outra até que Polifemo estava tão bÊbado que caiu inconsciente.
Ulisses aqueceu a ponta do cacete no lume, depois ele e os homens ergueram-no até à testa do Ciclope que ressonava, e enfiaram-no pelo olho dentro. Polifemo agarrou-se ao olho carbonizado gritando de choque e de dor. Os outros ciclopes apareceram para saber o que provocara ral barulheira. "Quem é que te está ferir?" perguntaram eles através da pedra que servia de porta e Polifemo respondeu "Nínguem" e eles foram embora. Tacteou em busca dos inimigos para os matar, mas eles escapavam-lhe com facilidade, embora continuassem cativos. Mais cedo ou tarde, prometera ele, que os encontraria para os comer.
A certa Altura, Polifemo rodou um pouco a pedra para que as ovelhas pudessem sair, a medida que cada uma passava, o ciclope corria-lhe a mão pelo lombo, para se certificar que nenhum homem tentava escapar. Ulisses sussurou então aos seus homens que se pendurassem por debaixo do ventre dos carneiros, para que o gigante não se apercebece quando os animais saissem transportando-os.
O próprio Ulisses pendurou-se num grande carneiro e foi o último a sair, mal se viram cá fora correram velozmente para o barco.
O herói ordenou aos homens que remassem para o alto mar e, pouco depois ja estavam bastante afastados, pelo que Ulisses não conseguiu resistir a vontade de jogar de Polifemo que tinha vindo correndo para a praia, onde andava de um lado para o outro tentando apanhá-los.
"Eu sou Ulisses, saqueador de cidades" gabou-se. Polifemo pegou numa enorme pedra e atirou-a na direcção do som, tendo caido perto do barco, mas os marinheiros remaram o mais depressa que puderam para se afastar antes que a próxima pedra os acertasse. Polifemo implorou vingança ao pai (Posídon) e até o final da viagem para casa Ulisses teve de suportar todas as tempestades que o Deus do mar lançou ao caminho.
As Sirenes
Numa das ilhas por onde Ulisses teve de passer, viviam as Sirenes. Tinham forma de mulheres até à cintura, grandes assas, pernas com penas e garras. O seu canto despertava o desejo em todos os homens, e era uma tentação que atraía os marinheiros para a morte. A ilha estava cheia de ossos dos homens que elas tinham devorado. Ulisses tinha sido avisado do perigo, pelo que deu um pouco de cera para todos os seus homens, para que os pusessem nos ouvidos e assim não pudessem ouvir o canro das Sirenes. Mas Ulisses era um curioso incansável e quiz ouvir esse som irresistível. Ordenou, por isso, aos seus homens que o atassem ao mastro do navio e que não o soltassem enquanto estivesse ao alcance do som vindo da ilha, por mais que ele mandasse ou implorasse. Os outros homens poderiam ser tentado com canticos de amor, mas para Ulisses, a Sirenes cantavam conhecimento e sabedoria. Ele debateu-se contra as amarras que o prendiam e tentou convençar a tripulação a soltá-lo mas eles mantiveram-no preso até se encontrarem em segurança, após terem passado a ilha, e foi assim que Ulisses foi o único homem a ter ouvido as Sirenes a cantar e a sobreviver.
A feiticeira Circe
Uma das ilhas que Ulisses visitou era governada por Éolo, que controlava os ventos. Entregou a Ulisses um saco de couro que continha todos os ventos, a excepção do vento do Oeste que os conduziria em segurança até Ítaca, mas os homens de Ulisses pensaram que Éolo lhe tinha dado um tesouro secreto, que ele não iria partilhar com eles e enquanto Ulissses dormia, abriram o saco. Saíram velozmente os ventos e o barco foi empurrado para atrás até voltar novamente até Éolo, que desta vez, recusou-se a ajudá-los, reconhecendo que pelo menos um Deus estava impedindo Ulisses de voltar. Pouco tempo depois deste episodeo, ele perdeu todos os seus barcos exceto um, ao entrarem na terra dos Lotófagos, gigantes e canibais parecidos com o ciclope. Perdeu então a maior parte dos seus homens. O vento empurrou o barco restante para outra ilha de aspecto agradável, governada por Circe. Uns diziam que ela era filha de Hélio, e outros que era filha de Hécate. Tinha o poder de transformar os seres humanos em animais e a maior parte dos bichos que existiam na ilha na ilha tinham, em tempos, sido humanos. Alguns dos homens de Ulisses foram até ao palácio dela e pediram-lhe ajuda. Ela sentou-os a mesa, alimentou-os com toda a generosidade antes de lhes acenar com a varinha de cordão e de os transformar em porcos. Apenas um homem escapou para contar aos outros, Ulisses foi ao seu socorro e no caminho encontrou Hermes que lhe mostrou uma planta insignificante chamada moli, que o iria proteger contra as magias de Circe. Ulisses sentou-se à mesa com ela e comeu o que lhe ofereceu, esperando não estar a comer carne humana. Em seguida, Circe agitou a varinha mágica, tentando transformá-lo em um animal, mas a moli evitou-o. Ela apercebeu-se de imediato que algum Deus o estava a proteger e sem mais demora convidou-o para a ir para a cama com ela. Ulisses concordou sob a condição de ela voltar a transformar todos os animais de volta em homens, Ulisses ficou com ela tempo o suficiente para ser pai de três filhos.
Quando recomeçou a ter vontade de voltar a casa, Circe disse-lhe o que tinha de fazer para chegar a Ítaca, teria de descer ao mundo das trevas vivo e pedir conselhos a Tirésias. Ela frorneceu-lhe as direcções para o mundo dos mortos durante uns momentos. Era necessário dar-lhes a beber o sangue de ovelhas acabadas de amtar, todas as asobras se juntariam à volta dele, ansiosas por saborear o sangue, mas ele teria de guardar o resto para Tiréseias poder beber e falar. Uliksses encontrou a entradas para o mundo dos mortos e matou a ovelha que Circe lhe tinha dado. Entre as sombras que se aglomeravam em torno dele estava a da mãe, Anticleia, e a do grande guerreiro Aquiles. Ulisses certificou-se que Tirésias tinha espaço para poder chegar ao sangue e após ter bebido, o adivinho falou. Avisou Ulisses de que deveria manter os seus homens sobre controlo quando chegassem a ilha do Sol, caso contrário o deus (Hélio) tornar-se-ia num inimigo, ele iria ter problermas também em Ítaca e mesmo quando estivesse em segurança em casa a sua viagem não teria terminado. Teria de voltar a partir com um remo sobre um ombro, até chegar em um região onde não se conheciam os remos. Somente então, poderia apaziguar a ira de Posídon e voltar para casa em paz.
Perdas e Ganhos
Ulisses passou por muitas outras provas nas suas viagens, até que perdeu todos os seus homens e o único barco que restava, seis deles pereceram durante a passagem entre Cila e Cáribdis. Cila era um monstro marinho com seis cabeças, cada uma das quais devorou um dos marinhos de Ulisses quando tentravem evitar o remoinho de Cáribdis. O resto da tripulação morreu como castigo por terem matado e comido o gado de Hélio na ilha de trinassia, enquanto Ulisses dormia. Zeus enviou uma tempestade que submergiu o barco e Ulisses sobreviveu trepando pelo mastro quebrando acima até ser atirado para uma praia de ilha Ogígia onde vivia a ninfa Calipso que o prendeu durante 7 anos como seu amante tendo lhe oferecido a imortalidade o quê não o impidiu de olhar em direção Ítaca e chorar. Por fim, Zeus enviou Hermes para obrigar Capliso a libertá-lo. Ulisses construiu uma jangada e depois de esta ter sido afundada numa nova tentativa de Posídon para lhe por um fim nadou por mares tempestuosos até chegar numa ilha habitada pelo Feases, o rei Alcino e a rainha Erete governaram esta ilha e tinha uma filha chamada Naausíca. Atena enviou um sonho a princesa sugirindo-lhe que fosse a praia para lavar a roupa. Ali encontrou Ulisses, nu e necessitando de ajuda pelo que o levou para o palacio dos pais. O rei e a rainha teriam tido muito gosto em casar a sua filha com este estrangeiro que os cativou com a suas história de astúcia e bravura mas Ulissse só desejavam voltar a casa, ofereceram-lhe o mais rico dos presentes e deixaram-no partir num dos seus barcos o qual haveria de aportar numa praia da Ítaca enquanto ele dormia tendo sido deixado a beira mar com todos os presentes empilhados ao lado, Posídon ainda teve oportunidade de se vingar uma última vez dos marinheiros que o tinha ajudado transformando o barco e a tripulação em pedra mas só depois de terem finalmente levado Ulisses ao destino.
Problemas na Ítaca
Ulisses estava agora de volta a sua amada ilha, mas tinha mais problemas para enfrentar. Dezassete anos depois de ter partido para Tróia, uma multidão de pretendentes começou a cortejar a esposa, Penélope, que os repudiava convencida de que ele continuava vivo, estes faziam festas todos os dias no seu palácio, comendo as provisões e bebendo o vinho, Penélope decidiu manté-los a distância por estar certa de que o marido haveria de voltar. Ela não podia repudiá-los abertamente, visto que dispunha de pouco apoio. O pai de Ulisses estava demasiado velho para lutar e o filho Telémaco não podia libertar-se sozinho dos pretendentes, mas Penélope era tão astuta quanto o marido. Ela disse aos interessados que estrava a tecer uma mortalha para o sogro Laertes. Todos os dias dirante 3 anos, ela tecia a mortalha e todas as noites desmanchava o que tinha feito. Por fim, uma das mulhres que a serviam denunciou o estratagema aos pretendentes. agora ela tinha de concluir o trabalho e garantiu-lhes que iria escolher um deles, visto que o filho Telémaco já era um homem, tal como Ulisses lhe tinha recomendado.
Telémaco tinha crescido durante a longa ausência do pai e Atena inspiro-o a partir em busca do pai, pois corria risco, já que os pretendentes não hesitariam em matá-lo para poderem herdar Ítaca, Atena pensou que seria melhor enviar Telémaco em visita aos velhos companheiros de Ulisses, dos tempos da guerra de Tróia: Minelau e Helena em Esparta e Nestor em Pilos. O jovem não encontrou vestigíos do pai, mas regressou a casa carregado de presentes e com a amizade de algum dos homens mais poderosos da Grécia.
Quando Ulisses despertou na Praia da Ítaca, Atena disfarçou-o de mendigo pelo que ele pode verificar como estavam as coisas no reino, sem ser reconhecido. Encontrou refúgio no guardador de porcos que se tinha mantido leal ao amo (embora não o tivesse reconhecido). Telémaco regressou nesta altura da sua viagem e Ulisses revelou-lhe quem era. Começaram a tramar a vingança a infligir ao pretendentes, com ajuda de Atena. Como primeiro passo, Ulisses chegou ao palácio como mendigo. Cá fora, num mongte de excrementos de animais encontrava-se um cão velho. Era Argos, o cão fiel de Ulisses que tinha sido abandonado e condenado a morrer naquele monte de esterco e que o reconheceu imediatamente, tendo tido força para levantar a cabeça numa saudação, nada mais. O cão teve a alegria de saber que o seu dono havia regressado e, em seguida, deixou cair a cabeça e morreu. No palácio, Ulissses testou o limite da insolência dos pretendentes, consentido que troçassem dele e até que lhe atirassem com peças de mobilias, Penélope reprendeu-os por ter tais comportamento com um hospéde e pedinte, um acto que os deuses não deixariam de punir, estas palavras tiveram pouca influência na conduta dos individuos, mais tarde, naquela noite, Penélope decidiu inquirir o mendigo que o garantiu que Ulisses vinha a caminho para casa, ela chorou ao ouvir notícias do marido e ofereceu-lhe uma cama para passar a noite e ordenou a Euricleia, a velha criada da familia, que lhe lavasse os pés. Está lavou-lhe os pés e as pernas e, de repente, deu um grito ao ver uma longa cicatriz que Ulisses tinha desde criança, após um ferimento de caça. Ele agarrou-a pelo pescoço e sussurou-lhe que tinha de se manter calada. Atena inspirou Penélope com a ideia de desafiar os pretendentes para uma competição de arqueiros, ela decidiu que tinha de escolher um daqueles desagradáveis homens, pelo menos para que Telémaco pudesse ficar com algumas das ricas propriedades do pai. Disse-lhes que casaria, se bem que contrariada, com o que fosse capaz de esticar o grande arco de Ulisses e de disparar uma seta através das argolas dos seus 12 machados, nenhum deles conseguiu esticar o arco, e Telémaco ordenou que este fosse entregue ao mendigo para que experimentasse. Esticou-o sem dificuldade e disparou a seta através de todos os machados. A seguir virou-se para os pretendentes e continou a disparar setas. Telémaco tinha escondido todas as armas no palácio e o pai e o filho juntamente com os leais guardadores de vacas e porcos chacinaram todos aqueles miseráveis até que se formaram pilhas de corpos mortos no chão do palácio.
Ulisses contou então a mulher Penelope quem era, esta tinha uma espírito tão duvidoso como o marido e exigiu uma prova, algo que somente Ulissses e ela soubessem. Então ele disse-lhe "Vou mandar tirar a cama do nosso quarto e colocá-la noutro onde tu irás dormir". Há muito tempo atrás um dos pés da cama deles tinha sido decorada com uma árvore viva que crescia no meio da casa, Ulissses ficou furioso ao pensar que alguém tivesse cortado o pé da cama para a poder mover. Quando Penélope ouviu isso, ficou certa de que era realmente o esposo. Os anos de espera e sofrimento tinha finalmente terminado. O povo de Ítaca descobriu na manhã seguinte que todos os pretendentes e príncipes das terras vizinhas tinham morrido às mãos de Ulisses, Telémaco e dois servos leais. Algum dos habitantes de Ítaca reconheceram que um deus estava a ajudar Ulisses e reconheceram também que todos aqueles homens mereciam morrer, devido ao péssimo comportamento, porém outros armaram-se com o intuito de os vingar, pelo que a deusa Atena voltou a intervir afim de que o seu muito querido herói, Ulisses, pudesse finalmente ter a paz assim como a esposa fiel.